ENNa de Sala, 25 e 26 de Fevereiro de 2012


Finalmente o ENNa tinha chegado, saímos ao início da manhã de sábado, com um sol fantástico. Nos nossos rostos ainda sonolentos havia um misto de alegria e nervosismo. Era a ansiedade e o desejo que a viajem fosse o mais breve possível para podermos chegar ao Pavilhão da Escola Nicolau Nasoni, no Porto.
Sempre acompanhados pelo maravilhoso Sol, quase primaveril, a viajem foi cheia de alegria, com os atletas a acompanharem em coro as músicas mais conhecidas que iam passando no rádio. Houve também tempo para as habituais más disposições, que terminaram no final do percurso, mesmo a 5 minutos do pavilhão.
Chegados ao destino e perto do final da manhã, fomos para o balneário, preparar o primeiro jogo - Lisbon Casuals H. C. / CAMIR. No balneário o nervosinho que tivemos logo de manhã tinha voltado, o desconhecimento da equipa do Lisbon e a ansiedade de começar a jogar eram ingredientes propícios ao nosso estado, mas com o apito inicial tudo passou, a equipa do Lisbon era bastante jovem e mais familiarizada com o campo, desta forma os Mirandelenses souberam aproveitar e dominaram toda a partida, num jogo em que houve muitos golos, mas também coisas que tinham de ser melhoradas como falou à FPHtv o capitão Miguel. Era preciso melhorar os cantos, as bolas de saída e a finalização.
Depois deste primeiro jogo foi a vez de ir carregar as energias com uma ida ao Centro comercial para almoçar. Massa à bolanhesa com muito molho foi o almoço, pouco saudável para estes jovens atletas mas muito saborosa. Para desgastar o almoço, voltamos ao pavilhão onde reencontramos os nossos amigos que de manhã nem tivemos tempo para lhes dizer um olá. De seguida dedicamo-nos aos trabalhos manuais, a expressar as nossas qualidades artísticas, que resultaram num cartaz um pouco minimalista, que muito fez lembrar o Suprematismo dos quadros de Malevich, mas em vez de um quadrado negro sobre fundo negro, o nosso cartaz, foi um rectângulo laranja sobre um fundo verde.
A meio da tarde de Sábado, tivemos o outro jogo do dia - CAMIR / A. A. Espinho, mais um jogo onde todo o favoritismo recaía sobre o CAMIR, mas que os jovens pupilos de José Pinho, tentaram anular criando algumas dificuldades aos Mirandelenses, mesmo assim tivemos oportunidades para corrigir alguns erros cometidos no jogo anterior e ainda dar mais tempo de jogo aos atletas que no jogo anterior apenas jogaram uma parte, como foi o caso do recém-chegado à equipa Gonçalo e do estreante neste tipo de competições Afonso. Prolongamos um pouco mais a nossa presença no Pavilhão para fazermos a coreografia para a nossa claque, primeiro tentamos fugir mas um pouco envergonhados por estarmos em frente á câmara lá adoptamos da música do Noddy, como referência à nossa velha carrinha Toyota que tantas vezes nos levou em viagens divertidas e nunca nos deixou ficar mal, mesmo quando era preciso dar uma pequena ajuda aos limpa pára-brisas para trabalharem nos dias de chuva. Ainda tivemos tempo para assistir à primeira parte do jogo entre o A.D. Lousada e o Lisbon Casuals H. C. e depois rumamos em direcção a Espinho, numa viajem um pouco estranha, cheia de atalhos e caminhos estreitos e antes de chegarmos à Pousada da Juventude, paramos numa conhecida pizzaria da rua 19, para servir um jantar aos nossos pequenos heróis, como já se fazia tarde, saímos da pizzaria com destino à Pousada.
Já na Pousada, só tivemos tempo para colocar as malas nos quartos e ir para ao pátio exterior, jogar mini golf, ou melhor Hóquei golf, mais concretamente usar os pushes para acertar as bolas nos buracos. Com o frio da noite, recolhemos aos quartos para uma sessão de anedotas, através do fantástico Ima, que espalhava risadas por toda a comitiva, ainda houve tempo para as pequenas partidas dos mais velhos com os estreantes, para logo depois tentarmos adormecer e vencermos a ansiedade do jogo da manhã seguinte.
Na manhã de domingo, o Sol voltou a acompanhar-nos e depois de um pequeno-almoço reforçado, tivemos tempo para um pequeno passeio junto à praia, no qual o treinador, o dirigente e o árbitro aproveitaram para tomar um café bem forte.
No jogo que dava acesso à final - CAMIR / A. D. Lousada, as coisas até começaram bem para o CAMIR, mas a falta de descanso da noite anterior, junto com a pressão do jogo e ainda a obrigatoriedade de todos atletas inscritos na folha de jogo, jogarem pelo menos uma parte levaram os Mirandelenses a cometer pequenas falhas que resultaram na perda do jogo. Mas, nem mesmo assim, deixou de ser um bom jogo, muito bem disputado, bastante equilibrado, ora marcava o CAMIR ora marcava o Lousada, com ambas as equipas a dar um show de hóquei de sala, com um fair-play enorme, um jogo digno de uma final, mas infelizmente o Lousada levou a melhor. No final do jogo houve algumas lágrimas, mas depressa desapareceram com a pressa de irmos almoçar, para depois jogarmos o jogo do 3.º e 4º Lugar. Se o almoço de sábado tinha sido um pouco calórico, o de domingo rebentou com as tabelas de índices calóricos. Os mais aventureiros saborearam as típicas francesinhas e os restantes o prego no prato.
No jogo da tarde de domingo e de barrigas cheias, defrontamos o C. F. Benfica uma equipa onde se nota um trabalho de evolução e espírito de entreajuda e igualdade fantástico. Neste jogo notou-se o desânimo de não se ter conseguido chegar à final, mas conscientes que demos o nosso melhor, encaramos o jogo e partimos para ele com uma vontade enorme de o vencer, conseguimos rodar todos os jogadores e todos eles jogaram duas das quatro partes.
Não podemos deixar de felicitar os nossos atletas, pelo seu esforço e a sua alegria: António Oliveira, Gonçalo Carvalho, J. Afonso Costa, João Vaz, Leonardo Guedes, Miguel Ramos, Pedro Valentim e Walter Palma.
Na viajem de regresso a casa o cansaço era visível, a alegria da partida contrastava com o silêncio do retorno, mas mesmo assim ainda tivemos tempo para o famoso hambúrguer entre o Porto e Mirandela.
Chegamos a casa cheios de novas aventuras, novos amigos, mas também com amizades reforçadas e a contar os dias para o próximo ENNa que se realiza nos dias 19 e 20 de Maio.

Saudações hóquistas,
Camir.

"O Protagonista"

Queremos encontrar o elemento que mais se destacou em cada fase da época. Não interessa a idade ou o género, não procuramos escolher o melhor ou pior jogador, mas dar valor a quem foi mais regular.
Todos os amigos do Camir podem votar, basta para isso cumprir com duas regras simples e básicas:  1º - deixar um comentário com o nome da sua escolha; 2º - fazê-lo de forma consciente e não apenas porque sim...
Agora que está prestes a terminar a fase de sala, vota naquele ou naquela que mais se destacou pela sua entrega e empenho.
  • A votação será válida até ao dia 2 de Março, porque no dia seguinte recomeçará a fase de Campo e aí procuraremos o novo "protagonista"!!!

Saudações hóquistas,
Camir.

O Camir do mês


“O Camir do mês”, será uma rubrica que promoveremos todos os meses.
Aqui, vamos dar a conhecer personalidades de referência. Poderão ser atletas, treinadores ou dirigentes que estejam ou tenham passado pelo Clube Amador de Mirandela.

A história falará por eles e eles falarão para nós.....

Cláudia Ramos, é a primeira individualidade desta rubrica.

Camir – Cláudia vamos abordar temas relacionados com o clube, com a secção e com a pessoa que é a Cláudia Ramos.

Camir – Tens já alguns anos de Clube Amador de Mirandela. Partilha connosco alguns momentos da tua história neste clube.
 Cláudia Ramos – Já vivi grandes alegrias neste clube, mas também como tudo na vida algumas tristezas! Pratiquei atletismo, hóquei em sala, hóquei em campo e beach ténis. Ao longo destes anos, conheci várias pessoas, todas elas marcantes para o meu crescimento como pessoa. Todos os momentos foram importantes, mas vou falar apenas de alguns. O primeiro: o tempo que estive a jogar em Espanha, na equipa do Ourense. Aprendi bastante técnicamente e conheci várias culturas, até porque a equipa era constituída por jogadoras de várias nacionalidades. Contudo isto, tive a oportunidade de convidar algumas jogadoras desta equipa para nos ajudar no Campeonato Nacional de hóquei em campo, e assim foi…FOMOS CAMPEÃS…momento único…e que permitiu uma grande visibilidade do hóquei em Portugal e em Mirandela. Outro momento que vai ficar guardado para sempre no meu coração, foi como treinadora da equipa de infantis. Foi no primeiro campeonato nacional como treinadora, na qual o jogador mais pequeno da equipa, marca o primeiro golo…e corre para o meu colo para festejar o momento de alegria…Por fim, vou falar de dois momentos que mais me entristeceram…depois de estar a trabalhar dois anos com esta equipa de infantis, onde acreditei que tinha chegado o momento certo para serem campeões nacionais…fui colocada para dar aulas nos Açores…e nesse mesmo dia…tive que transmitir isso aquelas crianças que todos os dias me deram um sorriso e um olhar diferente perante a vida. O outro foi o ano passado, quando recebi a notícia que tinha sido convocada para um estágio, a realizar com selecção nacional…nesse mesmo momento recebi a notícia que não poderia estar presente…visto ter sido colocada em Lagos para dar aulas…mais uma vez um sonho que ficou por realizar…

Camir – Já passaste pelo atletismo, agora estás no hóquei. A que se deve a mudança?
Cláudia Ramos – Comecei a praticar atletismo, no Sport clube Mirandela, tinha eu os meus 12 anos. A mudança deu-se quando entrei na universidade. O facto de não conseguir conciliar o curso exigente a nível físico com os treinos de atletismo. O atletismo é um desporto que eu gosto bastante, mas mais exigente em relação aos desportos colectivos. Para se ser bom…tem que se dedicar muito mais tempo…
Camir – A secção de Hóquei em Campo, é sem dúvida neste momento a que mais publicita o nome do clube. Qual o teu papel nesta secção?
Cláudia Ramos – O meu papel nesta secção é de dirigente, treinadora, preparadora física e jogadora.

Camir – É fácil conciliar os diferentes papeis que tens na secção? Fala-nos sobre essa experiência.
Cláudia Ramos – O difícil é saber conciliar o tempo que dedico ao desporto com o mestrado. Mas, sim é fácil! A equipa na qual eu jogo já me conhece bem e sabe o meu papel no clube.

Camir – O que perspectivas a curto/médio prazo para esta secção?
Cláudia Ramos – O hóquei é uma modalidade que está a crescer em Mirandela…e, espero a curto prazo trazer muitos mais atletas e apostar cada vez mais na formação! É nos escalões mais jovens que conseguimos mais títulos, isto porque temos sempre o problema do clube estar situado no interior do país e a certa altura, os jovens terem que ir estudar para fora. Nos escalões Séniores vamos continuar a desenvolver o trabalho com eles…pois este escalão é o reflexo do trabalho que há muito começou.

Camir – E tu? Quem és, fala-nos sobre ti.
Cláudia Ramos – Eu, sou a Cláudia, que adora fazer desporto…Gosto de treinar, transpirar, correr, fintar, rematar…gosto de jogar! Sou dedicada a tudo aquilo que faço, pois gosto de o fazer bem e acima de tudo ter a consciência que dei o meu melhor…Sou exigente comigo e com os outros…sou lutadora e por vezes esqueço que a vida tem limites…Gosto de estar sempre a aprender, gosto de ajudar e ser amiga do meu amigo…Adoro ensinar os meus alunos, os meus atletas e saborear os momentos bons que partilho com a minha equipa e que o desporto me proporciona… Adoro estar rodeada de crianças, pois elas transmitem-me alegria, bem estar…


Saudações hóquistas,
Camir.

Entrevista com Luís Barros, lider da secção de Hóquei em Campo do Clube Amador de Mirandela

Vamos aqui abordar temas relacionados com o clube, com a secção e com a pessoa que é o Luís Barros.

Camir – O Clube Amador de Mirandela foi fundado a 7 de Julho de 1982. É um clube que já tem alguma história na cidade de Mirandela. O que achas que o clube representa para a cidade?
Luís Barros – Sinceramente não sei muito bem o que representa para a cidade de Mirandela em si, porque apenas acompanho o CAMIR há relativamente pouco tempo, mas para os Mirandelenses penso que representa um pouco das suas vidas, uma vez que já passaram muitos deles pelo Clube Amador Mirandela e todos terão pelo menos uma história para contar da sua passagem pelo clube.
 
Camir – Quais as modalidades que o Clube Amador de Mirandela pode oferecer aos Mirandelenses?
Luís Barros –  No CAMIR, os mirandelenses podem praticar: atletismo, hóquei em campo e xadrez.

Camir – A secção de Hóquei em Campo, é sem dúvida, neste momento a que mais publicita o nome do clube. Quantos atletas tem esta secção?
Luís Barros – Esta secção conta actualmente com 40 atletas, repartidos nos seguintes escalões: Sub-12, Sub-14, Sub-18,Séniores Femininos e Séniores Masculinos.

Camir – É fácil ser o líder desta secção? Fala-nos sobre essa experiência.
Luís Barros – Fácil não é, visto que, para além de ser  uma secção com bastantes atletas, é também  uma modalidade que tem duas fases distintas, (Sala e Campo), para  além disso  eu próprio tenho um trabalho e uma família. Gerir uma secção destas sozinho torna as coisas mais difíceis. É preciso fazer uma ginástica enorme para que não falte nada aos atletas e tudo corra dentro do melhor, mas todo este esforço é ultrapassado pelo sorriso e pela camaradagem dos atletas.

Camir – Quais são as tuas perspectivas para esta secção?
Luís Barros – A curto/médio prazo o objectivo é ter todos os escalões de formação a trabalhar em pleno, ou seja, ter uma equipa de Sub-12 Mistos, uma de Sub-14 Masculinos, uma de Sub-16 Femininos, uma de Sub-18 Masculinos, mais a equipa Sénior Feminina.
A médio/longo prazo perspectivo ter todos os escalões anteriores a funcionar independentes uns dos outros e ter uma equipa Sénior Masculina no Campeonato Nacional de Hóquei em Campo.

Camir – E tu, que não és natural de Mirandela, como apareces no Clube Amador de Mirandela? Fala-nos um pouco de ti.
Luís Barros – Ora bem, eu sou natural de Santa Maria de Lamas, pratiquei sempre desporto, primeiro foi  atletismo na equipa do Jornal Actual, depois passei pelos trampolins no CFU de Lamas e no início da adolescência tive uma breve passagem pelo futebol  mas acabei por ir para o hóquei depois da breve passagem pelo desporto rei. No hóquei entrei com um grupo de amigos, a maior parte vizinhos, quando o CFU de Lamas fez pela primeira vez uma equipa de iniciados, nessa altura fiquei fascinado pela modalidade e ainda novo joguei pela equipa Sénior do Lamas. Mais tarde na “ idade do armário” abandonei a modalidade por burrice e perco todo o contacto com a mesma. Entretanto fui tirar o bacharelato  para as Caldas da Rainha, e quando acabo os estudos volto para a minha terra natal e ao fim de meio ano, através da minha esposa venho para Mirandela trabalhar. É em Mirandela que volto a ter contacto com o hóquei através do Paulo Araújo que me deu a conhecer o Paulo Pedroso, o Zé Martins  e o Sr. Rodrigues num fim-de-semana em que realizaram um jogo CAMIR/NSA Fé no escalão de Sub-14 e a partir desse dia até hoje  nunca mais parei no hóquei, quer como treinador quer como dirigente. 



Saudações hóquistas,
Camir.